O Cururu é um dos ritmos mais executados na viola caipira, sendo utilizado em muitas músicas sertanejas como Menino da Porteira, Relógio Quebrado, Peito Sadio, etc. Então, conheça um pouco mais sobre o ritmo cururu e aprenda a tocá-lo. Confira!
Por ser um hino da música sertaneja, vamos aprender o ritmo cururu com a música “O Menino da Porteira”. Essa música é conhecida em qualquer parte do país, não importando qual o ritmo que a pessoa goste, de uma forma ou de outra ela conhece esta canção ou pelo menos uma parte dela. Então, vamos lá!?
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Ritmo Cururu
O ritmo cururu é realizado com o movimento de descer com o polegar da mão direita, de cima para baixo, com uma suave abafada no fim do percurso. Em seguida, o dedo indicar toca as cordas subindo e descendo com outra abafada sutil no final.
Para esse ritmo é muito importante tocar os acorde exatamente em cima da sílaba em que está localizado o mesmo. O ritmo deve ser executado com cama e atenção para que os acordes soem com clareza.
Lembre-se que a força não é um fator predominante para se tocar um instrumento, mas sim técnica e precisão. O negócio não é força, é jeito! E que um posicionamento correto é muito importante. Pressione os dedos da mão esquerda sempre no meio das casas e com a ponta dos dedos.
História do Ritmo Cururu
Na nossa cultura musical e folclórica, a palavra cururu pode significar três coisas: uma dança típica da região do Pantanal, no Mato Grosso do Sul; um ritmo típico da música caipira brasileira e também um canto de improviso característico da região do Médio Tietê, interior do estado de São Paulo, semelhante ao repente no nordeste e à trova no Rio Grande do Sul.
Sua origem não é certa, sendo creditada como uma mistura de tradições indígenas, europeias e africanas. Alguns especialistas acreditam que o nome seja uma referência ao sapo cururu, do qual a antiga dança associada ao canto seria uma imitação de seus saltos. Já outros a consideram uma dança que recebeu igual influência do misticismo indígena, dos ofícios jesuítas e dos negros africanos. Mas o que se sabe é que o cururu veio para o interior do país por meio dos Tropeiros. O fato é que o ritmo se espalhou pelo país, principalmente na região Sudeste.
Quem executa este canto de improviso é chamado de cururueiro e geralmente são acompanhados de músicos, que ditam o ritmo e a melodia na viola caipira de dez ou doze cordas.
Mas se não há consenso em sua origem, é certo, contudo, que o cururu sofreu transformações e hoje é uma espécie de desafio entre cantadores, uma forma de repentismo caipira. Para os tocadores do estilo musical, o cururu é a música caipira. É pegar uma viola e tocá-la, fazendo uma letra em cima de alguma música já conhecida.
O Cururu foi apresentado ao público urbano pela primeira vez em 1910, por Cornélio Pires, grande promotor da cultura caipira do interior paulista e do cururu em particular. Suponha-se que o seu mais famoso praticante foi Antonio Cândido, mais conhecido como “Parafuso”, que foi imortalizado por Tião Carreiro & Pardinho com a música Negrinho Parafuso, e era conhecido como o caçoísta (sarrista), tendo ganhado o apelido por rodopiar num salto como um parafuso ao arrematar um repente bem sucedido.
Veja também “PONTEANDO UMA MÚSICA”.
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