O cateretê é um dos ritmos mais antigos e tradicionais da viola caipira, sendo utilizada em muitas músicas sertanejas como Porta do Mundo, Tristeza do Jeca, Canto Pra Não Chorar, etc. Então, conheça um pouco mais sobre o ritmo cateretê e aprenda a tocá-lo. Confira!
Ritmo Cateretê
Esse ritmo é muito usado em músicas caipiras, principalmente aquelas músicas mais românticas e tristes. A base do cateretê é bem simples, com um ritmo ternário, ou seja, três tempos (conta-se 1…2…3 …1…2…3…) . O polegar desce uma vez, o indicador sobe duas vezes e desce uma vez rasqueando. Veja “Técnica Rasqueando na Viola”.
Como Tocar a Música Tristeza do Jeca Usando o Cateretê
Esse ritmo pode ter algumas variações na execução ou ser um pouco mais “floreado”. Isso pode acontecer com qualquer ritmo. Nesse caso, a mão direita sobe e desce, como se fosse um pêndulo, enquanto o polegar inicia o compasso descendo pelas cordas, seguido de movimentos as vezes “em falso”, ou seja, subindo e/ou descendo sem tocar nenhuma corda. Pode ter duas subidas com o indicador tocando as cordas e por fim uma descida com o indicador ou pode variar.
O ritmo parece bem simples, mas exige bastante técnica em seu movimento e foi por isso que criamos uma videoaula que vai lhe ajudar a não e preocupar com estes detalhes. Fique atento!
História do Ritmo Cateretê
O cateretê é originário de uma dança do folclore brasileiro, em que o ritmo musical é marcado pela batida dos pés e mãos dos dançarinos. Em algumas partes do país o cateretê também é conhecido como catira.
Sua origem é muito discutida pelos historiadores. Mas acredita-se que tenha influências indígenas, africanas e europeias, possuindo raízes em Goiás, no norte de Minas e no interior de São Paulo.
Vários autores acreditam que a catira ou cateretê vem desde os tempos coloniais no Brasil e que entre os anos de 1563 e 1597, o Padre José de Anchieta a incluiu nas festas de São Gonçalo, de São João e de Nossa Senhora da Conceição, da qual era devoto. O ritmo era considerado próprio para esses festejos e até o próprio Padre teria composto alguns versos no ritmo cateretê, visto que era dançada somente por homens.
Tal fato que se observa nos dias atuais, uma vez que em grande parte do país, a coreografia é executada em sua maioria por homens (boiadeiros e lavradores), podendo ter seis a dez componentes e mais uma dupla de violeiros, que tocam e cantam a moda. Normalmente é apresentada com dois violeiros e dez dançadores.
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