Hoje iremos mostrar para você como a prática musical consegue estimular seu cérebro, independentemente de sua idade, beneficiando-o em várias áreas. Continue lendo e fique por dentro do assunto. Confira!
De acordo com Platão, um dos maiores pensadores da história, “a música é o instrumento educacional mais potente do que qualquer outro”. Ou seja, a educação musical estimula áreas do cérebro e desenvolve habilidades importantes, como a coordenação motora, a concentração e a socialização, além de também ensinar a autodisciplina, paciência e sensibilidade.
Quando trabalhada desde a infância, a música contribui para o desenvolvimento psicológico e social da criança, facilita a percepção musical com maior intensidade, além de ajudar a desenvolver o respeito, a memória e a persistência.
Mas o estímulo do cérebro através da prática musical não acontece apenas quando se é criança ou adolescente, isso é independente de sua idade, logo se você é uma pessoa mais velha, todos os benefícios também se aplicam a você.
7 Benefícios Que a Música Nos Proporciona
Veja abaixo 7 benefícios que aprender a prática musical proporciona, não importando qual seja a idade em que começar.
1 – Autodisciplina
A aprendizagem musical exige disciplina, empenho e comprometimento, ajudando muito no desenvolvimento da autodisciplina em outras áreas da vida.
2 – Paciência
É um dos comportamentos desenvolvidos, pois aprender a tocar um instrumento, por exemplo, exigirá paciência para recomeçar sempre que necessário e dedicação com muitas horas de treino e ensaios.
3 – Sensibilidade
A música torna a pessoa sensível para perceber pequenos detalhes e a observar melhor o que está ao seu redor, por desenvolver partes do cérebro que os tornam mais sensíveis a detalhes.
4 – Coordenação
Principalmente ao aprender a tocar um instrumento, a música desenvolve a coordenação motora e cognitiva por atuar fortemente no raciocínio, e a necessidade de controle da atenção visual, auditivo e movimentos do corpo simultaneamente.
5 – Memorização
Com o treino, a música trabalha partes do cérebro ligadas diretamente à memória sendo excelente prevenção a doenças como o mal de Alzheimer.
6 – Concentração
É muito comum ouvir relatos de que as crianças envolvidas com a aprendizagem musical melhoram de maneira significante o desempenho escolar e comportamento social.
7 – Bem – Estar
O desenvolvimento musical ajuda reduzindo os sentimentos de solidão, ansiedade e depressão, favorecendo sentimentos de paz, tranquilidade e bem-estar.
Como a Prática Musical Estimula o Cérebro
Em diversas áreas do conhecimento, a atividade prática geralmente vem primeiro do que a formação de uma teoria. Por exemplo, nenhum indivíduo aprende a gramática de sua língua natal primeiro para depois falar.
Uma criança começa a falar a partir da observação que faz de seus pais e de outras pessoas próximas, para depois ir tentado falar o que compreendeu. A gramática surge tempos depois como forma de fazer o indivíduo estruturar e sistematizar a sua fala e escrita.
O mesmo acontece com a música, primeiro desenvolvemos familiaridade com a música e a presença cotidiana de canções ajuda no aprendizado de um instrumento. Mas como a música ajuda a desenvolver/estimular o cérebro?
Pesquisas demostraram que crianças que frequentavam aulas de música desenvolveram uma percepção mais acurada, sendo mais atentas para as melodias e capazes de detectar mudanças, pois têm respostas cerebrais mais fortes quanto às diferenças nas melodias. Além disso, as crianças com uma educação musical, desenvolveram mais rápido o caminho no cérebro responsável por codificar e processar som.
Essa descoberta sugere que a prática musical durante a infância, mesmo que por um breve período como dois anos, pode acelerar o desenvolvimento cerebral relacionado ao processamento de som. Pesquisadores acreditam que isso pode ser benéfico para aquisição de linguagem em crianças dado que o desenvolvimento de linguagem e das habilidades de leitura envolvem áreas similares do cérebro.
A pratica musical treina o cérebro, mas não beneficia apenas crianças e adolescentes, também gera inúmeros benefícios para pessoas mais velhas.
Nas últimas duas décadas, diversos pesquisadores têm indicado diferenças no cérebro e no comportamento de músicos e não músicos. A prática musical foi identificada como tendo relação com melhores habilidades em matemática e linguagem, QIs mais altos e melhor desempenho acadêmico. Além disso, diferenças entre músicos e não músicos também foram encontradas em áreas do cérebro relacionadas à audição e ao movimento, entre outras.
Além de todo o desenvolvimento citado acima, o educador de canto e coral da Universidade Aberta e da Terceira Idade da Universidade UNG, Lucas Golinelli, acredita que as propriedades da música podem ajudar as pessoas mais velhas a alcançarem uma melhora na qualidade de vida.
A prática pode resultar em diversas vantagens, tais como: fortificar a memória ao fazer o cérebro trabalhar para recordar as sequências e as letras; trabalhar a respiração, tonificando os pulmões; preservar o aparelho fonador, enquanto obtém percepções físicas, resultando num autoconhecimento corporal; melhorar a concentração; auxiliar a administração da timidez; fortalecer a autoestima e criar laços emocionais, especialmente no caso do canto em coral.