A música sertaneja tem admiradores por todo o país e também vários rótulo. Sertanejo… Música caipira, música raiz, sertanejo universitário, são alguns deles. Mas, o que é realmente sertanejo de raiz? Por que o sertanejo universitário tem esse nome? Quais as diferenças entre os dois? Descubra!
O sertanejo é um estilo musical de raízes brasileira que se reinventa a cada dia e nunca deixa de fazer sucesso. Possui tantos rótulos e já passou por tantas fases que pode ser considerada o estilo mais eclético e que tem a capacidade de unir os mais variados sons em suas canções. No final, tudo é sertanejo, mas têm características de tema, instrumentação e público alvo distintos que diferencia cada vertente. Quer ver? Então continue lendo!
Diferença entre Sertanejo Raiz e Sertanejo Universitário
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Sertanejo Raiz:
Nasceu nas áreas rurais do país, em uma época que a maior parte da população brasileira vivia no campo. A música era uma manifestação espontânea do povo da zona rural, o dia-a-dia do trabalho, do lazer, da sua religiosidade, crenças e tradições.
A realidade brasileira era rural, mas na década de 50 inicia o processo de urbanização do Brasil e a imigração do campo para a cidade. Com isso, a música então rural chega à cidade falando das belezas da vida do campo e das dificuldades de adaptação à vida da cidade.
Por isso, a música sertaneja raiz é considerada como o sertanejo antigo, está na raiz da identidade brasileira e faz parte da história da urbanização. Tem como tema de suas canções o home do campo e seus amores, sons de viola, sanfona e vozes marcantes, fala da mulher com certo tom de dor-de-cotovelo e tristeza e, principalmente, possui suas raízes na vida rural.
Porém, apesar disso tudo, a música sertaneja não era conhecida e apreciada pela elite nas cidades. Com um forte preconceito, era associada à imagem do caipira a um homem ignorante e incapaz de criar uma composição elaborada.
Mas, através de Cornélio Pires, primeiro empresário da música sertaneja, escritor, jornalista, folclorista, ativista caipira e até cineasta, o reconhecimento do gênero começou a surgir, trazendo o caipira para o mundo fonográfico em 1930. Contudo, somente na década de 60 que as portas se abriram para cantores do ramo.
Ao longo dos anos, teve como destaque muitas duplas sertanejas icônicas: Mariano e Caçula, Alvarenga e Ranchinho, Tonico e Tinoco, Milionário e José Rico, entre outros.
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Sertanejo Universitário:
A música sertaneja que falava da vida do campo e basicamente usava acordes de viola e duetos vocais, passa por várias transformações, novos elementos como acordeom, violino e trompete, introduzidos por Milionário e José Rico, Cascatinha e Inhana e Sérgio Reis, este com uma pegada mais rock ‘n’ roll.
E depois de passar por uma fase mais romântica nos anos 80, com duplas como Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, Zezé di Camargo e Luciano, o sertanejo continua se transformando e nos anos 2000 surge um estilo mais comercial para o público jovem: o sertanejo universitário.
A indústria fonográfica acompanhou o crescimento da música caipira e lançou o sertanejo universitário, um rótulo criado para vender a música caipira para um público mais elitizado e com o tempo passou a ser usado para caracterizar um estilo mais dançante.
A música sertaneja misturou-se com outros ritmos, como o arrocha, o pop e o funk carioca, sons de instrumentos mais eletrônicos, tornando-se mais dançante, vibrante e alegre. Enquanto o sertanejo de raiz tende a falar de dor-de-cotovelo e tristeza, o universitário tem uma pegada mais para “a fila andou” e “que bom que sou solteiro”.
Comments
já mais vou deixar de ouvir uma boa música sertaneja que o artista canta as mágoas conta uma história do sertão kkkkkk uma história de amor mau resolvida um amor que deu certo kkkkkk o verdadeiro sertanejo já mais pode morrer.