Ritmo de Toada na Viola

A toada é um ritmo que pode ser executado de forma tranquila e também um pouco mais rápida dependendo da música. É utilizada em muitas músicas como Cuitelinho, Chico mineiro, Boiadeiro Errante e Couro de boi, etc., podendo também ser tocada em uma velocidade maior para músicas como Candieiro da Fazenda, por exemplo. Então, conheça um pouco mais sobre o ritmo de toada e aprenda a tocá-lo. Confira!

Ritmo de Toada

O ritma de toada consiste em realizar movimentos com o descendo as cordas, seguido pela subida e descida pelo indicador e novamente com o polegar, efetuando outro movimento de descida.

ritmo toada viola

Tente executar o ritmo com certa suavidade, sem atrasar as mudanças de acordes, para que ao cantar você não precise concorrer entre a sua voz e o som da viola, pois isto lhe dará mais técnica.

 

História do Ritmo de Toada

 

Toada está ligada ao verbo ‘toar’, que pode significar ‘produzir estrondo’, ‘ressoar’, ‘agradar’ ou ‘estar em harmonia com alguma coisa’.  O ritmo tem caráter melancólico e sentimental em que, salvo raras exceções, possui textos curtos e fogem à forma romanceada.

A toada é um ritmo bem característico do nordeste brasileiro, cantado como uma fala rítmica, rimando falas e utiliza uma linguagem não formal. Também é conhecida como uma música de improviso, feita na hora e sem perder a rima.

Fala sobre a realidade, principalmente a nordestina, abordando temas como a seca, mostrando lamentos e sofrimentos, amores não conquistados, homenagens aos vaqueiros e levando a fé como sustento para todos os sofrimentos.

Pouco se sabe sobre a origem do gênero, provavelmente é derivado da poesia trovadoresca, das cantigas pastoris e dos fados portugueses. Mas, embora tenha surgido no meio rural foi na cidade que a toada ganhou visibilidade, especialmente após a década de 1910.

Nos anos de 1930, com o desenvolvimento da indústria fonográfica, o gênero ganha os discos e fixa, assim, suas características.  Dentre algumas principais toadas gravadas estão Tristezas do Jeca (1926), de Angelino de Oliveira, cujos versos cantam a dor nostálgica do caipira da cidade a recordar a vida “lá no mato” e Chitãozinho e Chororó (1947), de Serrinha a Athos Campos, que exalta o caráter contemplativo do caipira na roça, a apreciar em sua solidão o canto dos pássaros.

No Nordeste, o gênero assume um tom de lamento, cantando a dor e a nostalgia do retirante. No fim dos anos 1960, já no contexto de resgate das tradições brasileiras, a toada reaparece em composições que retomam as figuras do violeiro, do caipira e do retirante.

Mostrando temas valiosos, a toada vem mostrar que a música é uma forma cultural de se expressar e de manter uma relação com o cantor e a pessoa que esta escudando. Ensina muitas lições de vida, mostra e já mostrou a realidade de onde vivemos. São encontradas toadas em todo o território brasileiro, com o caráter e o estilo próprio de cada região.

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